segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aventura I

E foi à duas semanas atrás que me lembrei ir de Lisboa até ao Meco. Inicialmente o plano era ir de Vespa 50cc, mas devido aos escassos horários da manhã do ferry para atravessar o rio Tejo, tive que decidir um pouco à pressa em ir de bicicleta. Pouco tempo para preparar a viagem e o melhor percurso (primeiro erro).

E assim fui! Primeiro do Cais do Sodré até Belém, onde apanhei o cacilheiro (13h30) para a Trafaria. Hora de chegada às 14h, portanto, hora de almoço!
Acabado o dito, rumo à Costa da Caparica...

 

E eis a Costa como nunca a vi! Um mar de gente até onde a vista poderia alcançar...

Sempre pelo paredão e acompanhado por este colorido de chapéus de sol, até ao último bar, onde fiz um desvio para entrar na estrada nacional.
Andei uns 3 km até às últimas praias da Costa onde tomei este caminho de terra que me levou até à Fonte da Telha. Bom caminho! Mais 3/4 km, quase sem ninguém e carros a passarem e a fazerem pó, relativamente plano, com algumas sombras...
 
Civilização novamente!
Fonte da Telha, um fenómeno!
Carros (muitos e a tentarem encontrar um lugar para estacionar)...


... E se não fossem os ditos carros, esta poderia ser uma imagem dos anos 70...

Continuação do mar de gente, até perder de vista...

... Um clássico...

... Um mamarracho (entre outros que por ali nasceram) e mais carros...

... Carros e mais carros...

Na altura a única frase que me lembrei para descrever a Fonte da Telha foi, um Faroeste Lusitano à beira-mar plantado. E o que ainda me surpreende é como há (muitas) pessoas que parecem gostar desta desordem e caos urbanístico, pessoas atraem mais pessoas, confusão que gera mais confusão... o fascínio e a necessidade que se tem em viver "ensardinhado"...
Terminado o caos, seguiu-se um trilho, junto à praia, umas vezes mais arenoso do que outras. Uma vez montado, outras vezes com a bicicleta na mão.

E, de repente, o mar de gente passa a ser apenas alguns gajos matulões a praticarem nudismo!

A praia e o areal que vai da Fonte da Telha até à Lagoa de Albufeira e com a luz quase fim de tarde é realmente maravilhoso.
Acabaram-se as pessoas e apareceu-me este mar... agora de gaivotas. +/- 2km de gaivotas! Ora simplesmente afastavam-se ora voavam para voltarem a pousar na areia à medida que ia passando. Magnífico!

Infelizmente, este lixo também começou a fazer parte da paisagem. Triste...

E chegado à Lagoa, eis o que me estava à espera. A impossibilidade de atravessar com a bicicleta para o outro lado... (seria tão fácil!). Então, erro nº2. Não verifiquei as marés. Estando ainda alta, era de todo impossível passar para o outro lado.

Opção, entrar pela Herdade que rodeia a Lagoa até encontrar um ponto que desse para passar.
Aqui, o sol já estava muito baixo e mais uma vez um caminho muito arenoso o que tive que levar a bicicleta na mão, obrigando a aumentar o esforço e a levar mais tempo.

Opção lógica, ir junto à água para circundar a Lagoa. Errado. Há um ponto que deixei de puder avançar mais. Tive que voltar para trás. A noite, entretanto, estava a acontecer...

Após ter andado por trilhos sem saber por onde iriam dar, apenas com um restinho de água e uma maçã (erro nº3), lá consegui encontrar a estrada de terra supostamente principal! Cheguei a um ponto em que tive que decidir ou esquerda ou direita... Errado novamente! Para a direita fui dar novamente a um sítio onde não poderia avançar mais. E foi aí que encontrei um lugar para piqueniques com este azulejo informativo.


E mais uma vez, voltei para trás e sem mais enganos até encontrar a saída desta Herdade e ir pela estrada nacional, direito a Alfarim, sem mais peripécias, até ao restaurante onde estava uma excelente refeição à minha espera!

O fim desta aventura, terminou exactamente às 22h22m, junto a esta placa!

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